quarta-feira, 22 de novembro de 2017

Doenças auto-imunes: você precisa saber...

Claudia Rodrigues está internada desde a última quinta-feira, 16 de novembro de 2017, após sofrer surto de esclerose múltipla. 'Não tem previsão de alta', afirmou sua empresária ao PurepeopleAcabei de receber a triste notícia de que, nossa querida atriz brasileira, Cláudia Rodrigues, foi internada às pressas, em um hospital de São Paulo.
Antes de mais nada, quero deixar aqui, registrado, o meu desejo de que ela passe por mais esta crise e que, continue entre nós....
Muito carinho por esta atriz, que já nos fez rir tanto, através de seus personagens...

E então eu aproveito para dividir com você, algumas informações sobre esta doença auto_imune: Esclerose Múltipla. Você sabe o que é uma doença auto_imune?
E quais informações tem sobre a Esclerose Múltipla?
Bora lá entender um pouco disso tudo, nesta postagem da Folha de São Paulo.

Pacientes são vítimas e "autores" das doenças auto-imunes
(Por: KARINA KLINGER - free-lance para a Folha de São Paulo)

Imagine um time de futebol atacado por um surto enlouquecedor, em que os jogadores saem marcando gol desvairadamente contra a própria equipe. É isso o que o corpo faz quando acometido por doenças auto-imunes. O sistema de defesa do organismo (sistema imunológico) deixa de reconhecer o próprio corpo e, em vez de combater apenas inimigos, como vírus e bactérias, passa a atacar células ou tecidos saudáveis do organismo.
Não é à toa que as doenças auto-imunes tanto assustam. De início, o paciente tem dificuldade para compreender que, além de vítima, é "autor" desse mecanismo de agressão. 
Já os médicos também não compreendem por que as células de defesa do corpo perdem o controle, ou seja, a causa das doenças auto-imunes, as quais também não têm cura. Mas há remédio para os sintomas, e os novos tratamentos têm dado esperança aos pacientes.
A incidência da doença tem aumentado. Duplicou nos últimos 40 anos --também não se sabe por que, há quem credite isso ao aprimoramento nos diagnósticos e à precisão dos testes laboratoriais. O fato é que, só nos EUA, são 50 milhões de pessoas por ano diagnosticadas com uma doença desse tipo. Em todo o mundo, médicos e pesquisadores presumem que ela chegue a atingir de 15% a 20% da população, e as maiores vítimas são mulheres.
E o que mais se sabe com certeza? Que existem, reconhecidos pela medicina, 30 tipos de doenças auto-imunes. Artrite reumatóide, lúpus e diabetes tipo 1 são algumas delas. E cada uma, com seus respectivos sintomas, atinge um órgão diferente, diz o reumatologista e imunologista do Albert Einstein Morton Scheinberg, pesquisador do assunto há mais de 20 anos.

Hipóteses se atropelam

Uma das hipóteses para a causa das doenças, segundo o imunologista Momtchilo Russo, presidente da Sociedade Brasileira de Imunologia, é a da higiene. "Como hoje as pessoas não desenvolvem tantas infecções, que talvez regularizassem a ação do sistema imunológico, nossas células de defesa poderiam estar superativadas". Por outro lado, alguns estudos revelam que as doenças infecciosas é que afetariam o funcionamento do sistema imunológico. "Na febre reumática, sabe-se que o organismo ataca células do coração, pois as confunde com um aminoácido presente na bactéria estreptococo", diz a imunologista Myrthes Toledo Barros, do Serviço de Imunologia Clínica e Alergia do Hospital das Clínicas (SP).

Fatores associados a doenças auto-imunes:


Intolerância alimentar;
Reatividade a metais;
Vivência emocional traumática;
Hiperpermeabilidade da mucosa intestinal;
Microorganismos da flora intestinal.

Hipóteses à parte, sabe-se que, para desenvolver uma doença auto-imune, são necessárias três condições, explica Scheinberg. A primeira é ter predisposição genética para a doença. Outro requisito é o problema ser desencadeado por um fator do ambiente externo, como exposição ao sol no caso do lúpus ou situação estressante na psoríase. E a terceira, e óbvia, é o desequilíbrio das células do sistema imunológico. "Além disso, quem tem uma doença auto-imune tem maior chance de desenvolver outras do mesmo gênero", afirma o imunologista Luiz Vicente Rizzo, do Incor.

Descoberta precoce
Virar expert na doença é uma marca dos portadores. O estudante de medicina, 22, convive com artrite reumatóide desde os sete anos. "Ele foi diagnosticado quando teve uma febre que não passava", lembra a mãe. Com a evolução dos medicamentos, hoje ele vive como qualquer outro jovem da idade. "Tive a sorte de ser diagnosticado cedo. Ninguém acha que eu tenho a doença."
Uma bancária de 45, é outra sortuda. Descobriu ter lúpus antes mesmo de sentir os sintomas. "O exame de sangue periódico feito pelo banco constatou que minhas plaquetas estavam baixíssimas. Se não fosse por isso, talvez não tivesse descoberto", conta. Como ocorre com a maioria dos portadores, o resultado assustou. "Não tinha ouvido falar sobre isso. Fui direto para a internet", conta ela, que já virou especialista na doença.

Influência emocional
"Existe uma relação direta entre o estado emocional das pessoas e o sistema imunológico. Há uma nova área na medicina, a psiconeuroendrocrinoimunologia, para estudar melhor a questão", diz o dermatologista Cid Yazigi Sabbag, presidente do Centro Brasileiro de Psoríase. Segundo Yoshiaki Ohki, diretor científico da Associação Brasileira de Medicina Psicossomática, sabe-se que os corticóides produzidos em momentos de estresse diminuem a defesa imunológica. Para ele, quem está saudável do ponto de vista emocional também está do ponto de vista orgânico.
Há pacientes cujo estresse teve papel fundamental. Um atual engenheiro, no primeiro surto de psoríase, aos 18 anos, ele prestava vestibular. "A doença começou lentamente, mas foi aumentando ao longo dos últimos 20 anos", conta. Para ajudá-lo a enfrentar a doença, sua esposa criou uma associação de portadores de psoríase. "Ainda existe muita propaganda enganosa e desconhecimento da população."
Aliás, a falta de conhecimento gera preconceito. Mais um motivo para a importância dos grupos de apoio. "Nesses encontros, as pessoas conhecem outras histórias e aprendem a conviver melhor com a própria doença", diz a psicóloga Adriana de Melo Lima, que atende pacientes com psoríase na Unifesp.
Acometendo cerca de 10% das mulheres em todo o Mundo e diminuindo substancialmente sua qualidade de vida, uma vez que a dor pélvica é freqüente e muitas vezes incapacitante até para as tarefas mais simples, ela é considerada uma doença importante sendo inclusive objeto da realização de congressos mundiais. É a chamada doença da mulher moderna, que se vê obrigada a executar inúmeros papéis ao mesmo tempo, o que acarreta um significativo desgaste físico e espiritual.
Quem cuida de mulheres portadoras de endometriose se depara com pessoas cansadas, entristecidas, deprimidas e muitas vezes frágeis pela dor que enfrentam. Apresentam quadros dolorosos crônicos que muitas vezes se agudizam, e que praticamente não mais respondem a analgésicos comuns o que as obriga a procurar ajuda sistematicamente para terem suas dores atenuadas. São levadas por familiares, que não sabem mais o que fazer quando as vêem com tanta dor. Estas mulheres, que já consultaram médicos das mais diversas especialidades e até mesmo muitos ginecologistas, sem terem obtido o diagnóstico de sua enfermidade, sentem-se angustiadas e ansiosas para se verem livres das dores rotineiras. A remota possibilidade de pensarem que irão senti-las novamente as deixam absolutamente desesperadas. Há também as que se sentem sozinhas em sua longa peregrinação pelos consultórios, até porque seus familiares, quase sem esperança de vê-las curadas, muitas vezes se excluem das consultas. Muitas são consideradas pessoas que inventam sintomas e até de loucas algumas são chamadas sendo submetidas a tratamento psiquiátrico para resolver a dor que “aparentemente” não tem causa física.
A endometriose é uma afecção que merece toda a atenção por parte dos médicos clínicos e ginecologistas, cujo objetivo é cuidar da saúde e oferecer qualidade de vida às mulheres.
Não pretendemos que este post sejam um tratado de endometriose, até porque a Medicina ainda precisa encontrar muitas explicações para inúmeros aspectos ligados a ela. Nosso intuito é que aqui, tanto as portadoras de endometriose quanto as pessoas que com elas convivem, tomem conhecimento dos recursos terapêuticos disponíveis nos dias de hoje, além de ressaltar enfaticamente os aspectos humanos envolvidos com a mesma. 
Quem tem dor e sofre é um SER HUMANO e, assim sendo, deve ser CUIDADO em toda sua integralidade.
(Por: KARINA KLINGER - free-lance para a Folha de São Paulo)
    
Dr. Marco Antonio Lenci - CREMESP 37.845 
Dr. Reginaldo Guedes Coelho Lopes - CREMESP 22.980
Endometriose
Dr. Maurício Simões Abrão é médico, professor de Ginecologia na Universidade São Paulo e dirige o Setor de Endometriose do Hospital das Clínicas da USP. É autor dos livros "Endometriose: uma Visão Contemporânea" (Editora Revinter) e, pela Editora Roca, "Câncer de Ovário" (co-autoria com Fauze S. Abrão).


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